quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A IGREJA E O CORDEIRO EM GLÓRIA NA CIDADE ETERNAL


  
TEXTOS: SALMO 24 / ISAIAS 33:14 A 17

O Senhor mostrou que o Salmo 24 é o último de uma seqüência de três Salmos, 22, 23, e 24. Estes três Salmos estão em uma seqüência certa, preparada pelo Senhor e somente o Espírito Santo poderia revelar isto, que esses três Salmos estão seqüenciados como se fossem um só, porque eles falam do trabalho de Senhor Jesus. O Salmo 24 é o final do trabalho do Senhor Jesus. O trabalho de Redentor, Pastor e o trabalho de Vencedor e Senhor dominador. Orando de madrugada, o Senhor deu essa revelação e fiquei muito alegre, muito abençoado quando o Senhor revelou isso porque foi um sinal do Senhor por ter revelado para falar sobre o Salmo 24, pois é o final dessa seqüência.
O Salmo 22 é o Salmo que fala sobre o sacrifício do Senhor, fala sobre Jesus como redentor e neste Salmo nós encontramos versículos que falam: “traspassaram-me as mãos e os pés..” fala ainda “...Deus meu, Deus meu porque me desamparastes” que é o “Eloim, Eloim, Lamá Sabactani”, está tudo no Salmo 22. “Cães me cercam” são os gentios, romanos e povos de outros países que estavam ao redor da cruz, “... a minha língua se secou como um caco...” foi a sede que o Senhor Jesus sentiu no calvário, “...repartiram entre si as minhas vestes, sobre minha túnica lançaram sortes”, está lá no Salmo 22.
Este Salmo é a fotografia do sofrimento do Salvador. Então o Salmo 22 é a revelação da cruz do Salvador. O Salmo seguinte fala sobre o cajado do pastor, que é o Salmo 23. Então o primeiro mostra a cruz do Salvador, o Salmo 23 fala sobre o cajado do pastor, e o Salmo 24 fala sobre a coroa do vencedor, é o final do ministério dele. Então estes três Salmos mostram o passado, o presente e o futuro. O passado foi o trabalho dele como Salvador, na cruz do calvário até o momento em que ele tombou a cabeça e disse: “Pai  tudo está  consumado”, ali está a revelação do Salmo 22, a cruz do Salvador. O Salmo 23 e o presente, porque o Senhor é o meu pastor, no Salmo 22 ele derramou o seu sangue, ele nos salvou, é passado, o Salmo 23 é o presente, porque o Senhor é o meu pastor, então todo o Salmo 23 é presente, a não ser o final que diz: “... habitarei na casa do Senhor por longos dias”, é a emenda do Salmo 23 com 24 que fala sobre o arrebatamento. O Salmo 24 fala sobre o arrebatamento da igreja e a entronização do Senhor, é a coroa do vencedor.
Então o Senhor mostra a beleza da revelação nesta seqüência extraordinária. O Senhor revelou o Salmo 24 porque ele quer ser glorificado por uma igreja que vai ser arrebatada e o Salmo 24 que é o tema do assunto por revelação, ele tem que se encaixar nos outros dois, por isso estamos mencionando os dois Salmos anteriores, que falam sobre a cruz do Salvador, o cajado do pastor e agora a coroa do rei, do vencedor, aquele que está acima de todos os reinos, o nome que está acima de todos os nomes. O Salmo para ser dissecado, esquadrinhado por revelação do Senhor é o Salmo 24, mas agora já sabemos, que esse Salmo é o Salmo do futuro, do arrebatamento, é o Salmo do qual no final as portas do céu serão abertas, as entradas eternas se escancararão para receber o Rei da Glória.


O Salmo 24 foi provavelmente escrito quando a arca da aliança subia da casa de Obede Edom rumo á Jerusalém. Está dividido em três partes. A primeira fala sobre o domínio de Deus começando “Do Senhor é a terra e toda sua plenitude”, a segunda sobre a igreja fiel porque começa no versículo dizendo assim “quem subirá ao monte do Senhor? Ou “quem estará no seu lugar santo?” Então é a igreja que estará nesta posição, é a revelação da igreja. Então a primeira parte fala sobre o domínio do Senhor sobre toda terra, ímpios e santos, pois fala que deste grupo da terra vai ser tirado um grupo para ser igreja, essa igreja que vai ser arrebatada.  E a terceira parte fala exatamente desse arrebatamento, então a primeira parte do Salmo globaliza toda a terra mostrando o domínio total do Senhor.  A segunda parte fala de uma igreja que vai ser tirada deste mundo, deste todo para ser sua noiva. E a terceira parte fala a respeito da retirada desta noiva e a entrada dela no céu pelos méritos desse Senhor.
 A igreja é salva no Salmo 22, caminha no Senhor no Salmo 23 e vai ser arrebatada por esse Senhor no Salmo 24. Então é nossa história, é o trabalho do Senhor e ao mesmo tempo a nossa história, porque os dois não se separam. Nunca foi bom que o homem ficasse só e o Senhor preparou para o Senhor Jesus a noiva. Dias atrás, pregando nesta igreja, o Senhor mostrou na mensagem como foi que o Senhor tirou a mulher do lado de Adão. O Senhor fez cair um pesado sono sobre Adão e enquanto ele dormia o Senhor fez uma cirurgia, tirou uma costela e da costela fez a mulher.
Aconteceu a mesma coisa com Jesus, caiu sobre Jesus o pesado sono da morte, quando ele tombou a cabeça, foi a morte que veio sobre ele e naquela hora o soldado romano veio com a sua lança e perfura o lado dele, fez uma cirurgia também do lado de Jesus  e do seu lado saiu água e sangue.  A água representa o batismo nas águas e o sangue o batismo com o Espírito Santo, que são os dois elementos formadores da igreja, naquela hora a igreja estava sendo formada, sendo retirada do lado de Jesus, do lado do afeto dele. Foi o último trabalho do Senhor. De forma que nessa seqüência extraordinária nós vemos a revelação global de todo o trabalho do Senhor, desde que ele assumiu o trabalho de Salvador, o trabalho que ele exerce hoje como pastor, e o Senhor dos exércitos que vai nos conduzir à eternidade e entrar nos portais eternos. Com base nesse conhecimento podemos agora examinar cada versículo que compõe o Salmo 24.

  1. Deus e o seu domínio
  2. A igreja verdadeira
  3. O Redentor exaltado

VS. 1.  “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam”
            Neste verso temos a revelação do Deus verdadeiro que tem domínio total sobre a terra e tudo que a enche e ocupa. Quando o Senhor fala que dele é a terra e aqueles que nela habitam, o Senhor está unindo, fundindo, juntando todas as raças, tribos, povos, línguas e nações, todos pertencentes ao Senhor Toda a obra da criação incluindo a humanidade pertencem ao Senhor. Do Senhor é a terra, o homem é apenas um inquilino temporário. Muito embora o Salmo esteja registrado no Velho Testamento, o Senhor já revelava sua graça, com seu domínio sobre toda a terra e não somente aos judeus, mas também aos gentios, profetizando que o Senhor no futuro estaria amando o mundo de tal maneira que daria o seu filho unigênito.

VS. 2. “Porque Ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios”
            Aqui o Senhor mostra que o mundo, que parece muito estável, as pessoas que não caminham com o Senhor, tem como fundamento os mares e as correntes das águas, portanto um fundamento instável e inconstante, não existe estabilidade no mundo. Pois de súbito são tomados e tudo que eles constroem, cai como um castelo de areia, há pessoas que fazem fortunas e no final da vida deles adquirem uma doença e ficam rodando por todas as partes do mundo tentando conseguir alguma coisa, qpegando-se às mínimas coisas para ver se conseguem levar alguma coisa, mas não conseguem.
O homem que alicerça sua vida neste mundo, nesta vida passageira, está condenado à instabilidade O Senhor quando profetiza a respeito de Rubem filho de Jacó, o velho pai diz assim: “Tu és inconstante como as águas”, Rubem era inconstante, uma hora estava bem, outra hora estava desarrumado diante do Senhor. A inconstância de Rubem é a mesma do mundo.
O mundo está fundamentado sobre águas inconstantes. Tudo que é construído é aparente, não tem base de sustentação. É muito diferente a fundação do mundo em contraste com a fundação da igreja que está firmada no monte do Senhor, a Rocha dos séculos, no qual o crente fiel deposita toda sua fé e confiança. O ímpio tem construído seus castelos, palácios de riquezas e prazeres sobre os mares e correntes temporárias de águas e, de súbito, verão seus bens naufragarem na brevidade dos dias e nas espumas de tais águas. Estes dois primeiros versículos nos mostram a situação do mundo inteiro, fala sobre o domínio do Senhor e fala a respeito dos ímpios, vemos a diferença entre um e outro.

VS. 3.  “Quem subirá ao monte do Senhor ou quem estará no seu lugar santo?”
            Nesta pergunta o Salmo inicia a identificação da igreja fiel e verdadeira. Na verdade a pergunta é dupla porque usa o verbo subir e o verbo estar, permanecer. O verbo subir fala da nossa aproximação ao Senhor, o que se torna possível com o seu perdão. Já o verbo estar nos revela a permanência na presença do Senhor através da santidade. Pelo sangue de Jesus obtemos o perdão para subir ao monte santo do Senhor. Para chegarmos à presença do Senhor, nós dependemos do sacrifício do Senhor, do sangue derramado e para andar com Deus, eu preciso da santidade, representada pela arca da aliança no tabernáculo. Quem subirá ao monte do Senhor? Quem andará com Deus? Jesus e pela santidade permanecemos na sua presença no dia-a-dia.

VS. 4. “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”

            Neste ponto o Salmo 24 faz paralelo com o salmo 15, na descrição das características da igreja fiel e se atém em traços externos e internos. O salmista quando fala em limpo de mãos está inferindo em santidade ou atos de justiça vistos pelos homens, o que é uma marca preciosa na vida dos servos e da igreja fiel.
Aquele que lava suas mãos da injustiça, desonestidade, impureza, calúnia, maledicência, etc., está mantendo um testemunho que agrada aos homens, mas só tem valor para Deus se estiver em consonância com o coração puro. Inútil é lavar o vaso por fora e deixar o interior sujo, pois se tornará imprestável para o Senhor. O Senhor Jesus foi varão profeta, poderoso em obras diante de Deus e dos homens.
Para o Senhor o nosso coração fala mais alto que nossas mãos, e só os puros de coração verão a Deus. “Do coração procedem as saídas da vida”. Nele podem se alojar sentimentos ocultos e mortais contra os homens, que passam desapercebidos pelos homens, mas patentes a Deus que tudo conhece. Daí a necessidade de purificar o coração no sangue de Jesus e se tornar um vaso lavado por dentro e por fora.
Quando o versículo fala sobre vaidade na alma e jurar enganosamente, está repetindo a mesma lição anterior porquanto a vaidade na alma é oculta aos homens e o jurar enganosamente é uma atitude externa e hipócrita ao nosso próximo para parecermos santos aos homens.

VS. 5.   “Este receberá a benção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação”

            Este verso fala da conseqüência da igreja que tem as mãos limpas, o coração puro, a alma sem vaidade e lábios que não juram enganosamente. É a igreja que recebe aqui nesta vida a benção do Senhor a cada dia e vive deste milagre. Depois da jornada desta vida, todos os que têm fome e sede de justiça, serão fartos pelo justo Juiz na eternidade porque receberá a justiça do Deus da sua salvação.

VS. 6.  “Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face ó Deus de Jacó”
           
            Quando o salmista fala sobre esta geração, está falando sobre a última geração que estamos vivendo, a geração do arrebatamento descrita no verso sete e seguintes.
No final deste verso, se faz menção de Jacó, cuja principal característica foi amar a benção do Senhor e lutar por ela. Desde o ventre já brigava por ela, nasceu agarrado ao calcanhar do irmão e quando jovem comprou a benção de Esaú e recebeu a benção do pai. Esta obra é a geração de Jacó; tem muitos defeitos, por nossa parte porque somos homens como Jacó, entretanto, temos uma característica que faz o Senhor perdoar nossas falhas; é o amor que temos pela benção e a total dependência do abençoador. A voz é de Jacó, mas a cobertura é do cabrito, o sacrifício do primogênito.


VS. 7 / VS. 9.   “Levantai ó portas as vossas cabeças, levantai-vos ó portais eternos, e entrará o Rei da Glória”

            Nos reinos orientais antigos, quando um rei voltava triunfante de uma batalha era recebido em glória e os portais de seu reino não só se abriam de par em par para recebê-lo, como também as portas eram levantadas de seus gonzos e dobradiças, e arrancadas dos marcos como sinal de boas vindas ao triunfante monarca, deixando de ser portas e passando a ser Entradas Eternas.

VS. 8.   “Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra”

Os portais eternos foram abertos para dar entrada ao Senhor Jesus, que capitaneou todas as batalhas da igreja aqui na terra, revelando todas as estratégias para cada servo vencer suas batalhas. Não por nossos méritos, inteligência ou pela força do nosso braço, mas pelo seu poder, porque Ele é o Senhor poderoso na guerra.

VS. 10.   “Quem é este rei da Glória? O Senhor dos exércitos; Ele é o Rei da Glória”

            Este versículo final contempla o arrebatamento da igreja e sua chegada à eternidade. Aqui se faz menção de quem é o Rei da Glória. Ele é o Senhor dos exércitos. Ele é o cabeça dos exércitos e o Exército é o corpo. Aqui vemos as portas da Eternidade se abrirem para Ele, Jesus, pelos seus méritos, santidade, poder, morte, ressurreição e glória.
nós, igreja, entramos no mesmo portal e, agraciados pela sua misericórdia, chegamos à morada dos santos para, no final das batalhas e do labor desta vida, estarmos juntos para sempre com o Rei da Glória.

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